Yuri Araujo
O que nos leva a amar
Desde criança, o homem aprende a buscar a aprovação das pessoas, como meio de se sentir seguro e de conseguir apoio e favores. Amar não é a nossa prioridade, nem inata nem pela cultura, pois o mundo nos ensina a competir. A busca natural por aprovação dos semelhantes, entretanto, torna o ser humano vulnerável ao grupo ao qual pertence. Se faço parte de uma quadrilha criminosa, terei aprovação da maioria, quanto mais for impiedoso, violento e ousado. Se faço parte de um grupo de ricos exibidos, serei admirado, quanto mais dinheiro tiver ou parecer ter. Alguns vão à falência por causa disso. Do mesmo modo, se faço parte de uma igreja, vou procurar ser fiel a Deus, pois, quanto mais parecer correto, mais admirado e aprovado pelos irmãos de fé.
Entretanto, podemos nos libertar dessa dependência cansativa e, muitas vezes, corruptora. A fé fundamentada na Palavra de Jesus nos ensina a procurar agradar somente a Deus, como única forma de ser feliz e cumprir a missão, o propósito de vida. Procurando agradar ao Senhor, vamos procurar agir com retidão, mesmo que ninguém esteja nos vendo. Outrossim, agiremos bem até no meio de pessoas de hábitos duvidosos, pois não é a aprovação delas que buscamos. Com isso, também agiremos melhor numa Igreja, não sucumbindo à tentação da hipocrisia, querer parecer melhor do que o que realmente somos. Mesmo que sejamos gentis com as pessoas, o que importa no íntimo é a aprovação de Deus, que nos conhece bem e compreende com paciência o nosso estágio de aprendizado. Não precisamos e nem poderíamos disfarçar.
Como é bom não precisar dissimular. Na verdade, é a libertação do ser humano. Pense bem sobre o quanto somos pressionados a sermos iguais aos demais dos grupos sociais que frequentamos e me diga se não é um alívio incorporar profundamente que não precisamos nos medir por essa régua que escraviza a muitos.
É difícil agradar a Deus, falhos como somos, mas é o caminho para nos tornar mais justos e semear melhor, não sucumbindo facilmente às tentações que nos fisgam preferencialmente pela vontade de corresponder às expectativas das pessoas.
Para quem tem fé e se libertou da aprovação social, ser justo é fazer a vontade de Deus, portanto, é ser verdadeiro, admitir os erros e viver com amor, pelo amor, para o amor.
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