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  • Foto do escritorYuri Araujo

Pelo discernimento de espíritos

Em aclarado artigo publicado neste sábado pelo Estadão, o cardeal-arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Scherer, alerta-nos sobre a “instrumentalização do sentimento religioso por ideologias e pela busca e consolidação do poder político”. Refletindo a preocupação do Papa Francisco, em diversas iniciativas para unir as religiões em prol da iluminação espiritual sobre um mundo que precisa de mais amor e harmonia para resolver problemas reais, diz o mais importante de tudo: “Deus não é adorado e honrado mediante conflitos e violência entre aqueles que dizem crer nEle, nem por projetos de dominação de um grupo religioso sobre o outro”.


A estratégia de alguns políticos, de incluir com oportunismo as pautas caras aos valores religiosos, como pontos de conflito entre uns e os adversários, deveria ser desprezada pelos líderes espirituais. Só obtém algum êxito porque muitos desses líderes se esquecem de discernir os espíritos. Ora, os frutos do Espírito de Deus são claros e os sinais que oferecem os populistas, que não conseguem esconder a sede pelo poder, são definitivamente contraditórios aos da obediência a Deus.


Como se não fosse escandalosa a ausência dos frutos, as virtudes elementares, alguns políticos que usam indignamente o nome de Deus para ganhar credibilidade de desatentos fiéis, chegam a espalhar ódio, em vez de amor. Semeiam o terror, em vez da esperança. Incitam os conflitos, em vez da paz. Digam-me os que conhecem e guardam a Palavra de Jesus, se não são discursos do anticristo (contrários aos valores cristãos). Que tipo de consequências podemos esperar de uma lavoura tão absurdamente oposta ao que prega e manda semear o Senhor Jesus?


A política no Brasil, mais do que nunca, foi pervertida e virou briga de rua, em vez de diálogo edificante em prol da harmonia. Política é a antítese das guerras. Fazemos política para evitar conflitos e não para suscitar o ódio entre as pessoas. Quando o discurso de um líder desavisado toma o espírito anticristo e ganha projeção em nível comunitário, envenena a muitos e o primeiro sinal é a briga entre familiares, pois a Palavra de Cristo não semeia divisão, mas pode dividir pai e filho, filha e mãe. As relações mais íntimas e repletas de afeto são afetadas, uma vez que um é obediente e outro, não. Um é prudente e o outro, desavisado. Um tem muita piedade, o outro menos ou quase nada.


Os políticos que adotam a estratégia de dividir para governar devem ser comparados à falsa mãe que gostou da ideia do Rei Salomão, de dividir a criança, dando metade a cada uma das mulheres que reclamavam a maternidade. Enquanto a verdadeira mãe grita e diz que aceita que a criança fique com a outra, desde que não seja repartida. A falsa mãe, porque não a ama e só quer preencher o buraco da sua vaidade, gosta da ideia de ficar com a metade e ser considerada mãe, líder, prefeito, governador, presidente. Fazer campanha para que o povo seja repartido no meio é um nefasto meio de conquistar e de se perpetuar injustamente no poder.

Acontece que a sabedoria de Salomão veio de Deus, que discerne a legítima mãe pelo verdadeiro amor (1 Reis 3:16-28). Por misericórdia, Deus teve e sempre terá compaixão de nós e não permitirá um mal pior, não por falta de termos semeado o indesejado. Louvado seja sempre o nosso Senhor Jesus Cristo, cheio de amor e piedade.


#amorpolitico#ObrigadoSenhor



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