Quem ama, diz a verdade

Quando Jesus repreendeu os fariseus porque queriam lhe matar, exatamente porque estava falando a verdade, Ele revelou a origem da falsidade, afirmando que o demônio é o pai da mentira (Jo 8:44). Portanto, quando mentimos não servimos a Jesus, mas, ao contrário, estamos servindo ao Maligno, usando um recurso que pertence a ele. Se amor é servir, mentir é desamor, pois grande é o desserviço de enganar alguém.

Algumas pessoas dizem que é impossível viver sem mentir e nem se esforçam. Defendem a utilidade de uma “mentirinha” e argumentam “tem mentira necessária”. Mas quando dão exemplos, vemos que não se trata de falar a verdade ou não. Afinal, falar a verdade não é dizer tudo o que pensa, mas, dar testemunho verdadeiro. Mentir é dar uma notícia falsa ou falar que viu o que não viu ou que ouviu o que não ouviu, bem diferente de uma opinião pessoal, por mais estapafúrdia que seja. Contudo, apesar de não ser mentira, dizer o que pensa tem hora e, antes de falar, o autor precisa medir a utilidade, se deseja semear o bem.

Jesus disse que “quem é injusto nas coisas pequenas, será também nas grandes” (Lc 16:10). O ato faz o hábito: quando for muito importante dar um testemunho verdadeiro, não conseguimos falar a verdade porque estamos habituados a mentir. Outra coisa, o falso testemunho, geralmente, serve para acobertar um malfeito. Se a pessoa tiver o compromisso de nunca mentir, ela vai procurar fazer somente a coisa certa, mesmo que ninguém esteja vendo. Pois terá que falar a verdade, se alguém perguntar.

Não podemos ser perfeitos, mas podemos ser verdadeiros. Se nos esforçarmos a falar somente a verdade e admitir os erros, certamente, vamos melhorar um pouco a cada dia. Se essa confissão for feita em oração sincera ou diante de um sacerdote, com certeza, teremos a ajuda do Senhor para nos corrigir. Ele é fiel para nos perdoar e nos ajudar a melhorar. Como é feliz o ser humano que tem suas transgressões perdoadas (Sl 32:1).

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